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HUMILDADE

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Há uma coisa que sempre foi dita, e sempre mal interpretada, é a necessidade de humildade. É levada pelo caminho errado, erroneamente compreendida e utilizada. Seja humilde, se você puder ser na maneira correta; acima de tudo, não seja da maneira incorreta, pois isso não te leva a lugar nenhum. Entretanto há uma coisa: se você conseguir arrancar de si a erva daninha chamada vaidade, então você de fato terá feito algo. Mas se você soubesse o quão difícil isto é! Você não consegue fazer algo bem feito, não consegue ter uma boa ideia, não consegue fazer um movimento correto, não consegue fazer um pequeno progresso sem inflar-se por dentro (mesmo sem estar consciente disso), com a satisfação pessoal cheia de vaidade. E você é obrigado então a martelá-la com força para quebrá-la. E ainda sim pequenos pedaços permanecem e começam a germinar. É preciso trabalhar a vida toda e nunca esquecer de trabalhar a fim de desenraizar essa erva daninha que brota de novo e de novo, e de novo tão insidiosamente, que você acredita que ela se foi, e você se sente muito modesto e diz: “Não fui eu quem fez isso, sinto que foi o Divino, não sou nada se Ele não está comigo”, e então, no minuto seguinte, você está tão satisfeito consigo mesmo por simplesmente por ter pensado isso!

Q: Qual a maneira correta e incorreta de ser humilde?

É muito simples, quando dizemos às pessoas “seja humilde”, eles pensam imediatamente em “ser humilde diante de outro homem” e esta humildade é a incorreta. A verdadeira humildade é a humildade diante do Divino, isto é, um preciso, exato, senso de viver de que não se é nada, não se pode fazer nada, compreender nada sem o Divino, mesmo que seja excepcionalmente inteligente e capaz, isto não é nada comparada com a Divina Consciência, e esse sentido sempre deve ser mantido, porque assim, sempre terá a verdadeira atitude de receptividade – uma humilde receptividade que não coloca pretensões pessoais em oposição ao Divino.

 

Q: Mãe, quando fazemos um esforço, há algo em nós que se torna muito auto-satisfeito e arrogante e contente com o esforço, e isso estraga tudo. Então como podemos nos livrar disso?

Ah, este é o que olha para o que se faz! Há sempre alguém que observa o que o outro está fazendo. E as vezes, ele se torna orgulhoso. Obviamente, isto tira muita força do esforço. Eu penso que: é o hábito de olhar para as próprias ações, de olhar para o próprio modo de viver. É necessário se observar, mas eu penso que é ainda mais necessário tentar ser absolutamente sincero e espontâneo, muito espontâneo no que se faz: nem sempre se observando, olhando para o que se faz, julgando a si mesmo – as vezes severamente. Na verdade, tão ruim quanto dar tapinha em si mesmo de satisfação, os dois são igualmente nocivos. Deve-se ser tão sincero em sua aspiração, que nem se sabe que está aspirando, até que se torne a aspiração em si mesma...

 

Um minuto, um minuto disso e você pode propiciar anos de compreensão. Quando não se é mais um ser autossuficiente, um ego olhando para si mesmo agindo, quando nos tornamos a ação em si, acima de todas as aspirações, isto é realmente bom. Quando não há mais uma pessoa que aspira, quando é a aspiração que pula com um impulso completamente concentrado, então isto realmente vai mais longe. Por outro lado, há sempre uma mistura com um pouco de vaidade, um pouco de auto complacência, um pouco de pena de si mesmo, todos os tipos de coisas que chegam e estragam tudo. 

A Mãe (Mirra Alfassa)

 

Humildade (Significado espiritual da flor dado pela Mãe)

Nome científico: Sporobolus capillaris

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